No dia 29 de outubro de 2024, o Japão presenciou uma ação histórica contra a pirataria de conteúdo audiovisual. Três homens foram presos por transcrever e divulgar o roteiro completo de Overlord III em um site, incluindo diálogos, ações de personagens e desenvolvimento de cenas. A operação, conduzida pela polícia japonesa em parceria com a KADOKAWA e a CODA, marca a primeira vez que transcrições de roteiros de anime resultam em prisões no Japão.
Entre os acusados, está um executivo de 38 anos de uma empresa em Shibuya, além de dois funcionários. Segundo as autoridades, os três mantinham um site que publicava roteiros detalhados de Overlord III, além de outras produções como Godzilla Minus One. A prática, que gerava receita por meio de anúncios, violava diretamente os direitos autorais dos detentores das obras, afetando as receitas de conteúdo original e a sustentabilidade do mercado de animes.
A KADOKAWA, um dos estúdios afetados, declarou que a transcrição de conteúdo de forma tão detalhada fere a proteção legal e prejudica o retorno financeiro dos criadores. A empresa também destacou a importância de proteger a economia da indústria cultural japonesa e incentivou os consumidores a apoiar as versões oficiais dos produtos.
Além de combater a pirataria, a CODA (Content Overseas Distribution Association) tem intensificado ações para promover a consciência sobre os prejuízos que a violação de direitos autorais causa no setor. Recentemente, CODA trabalhou com a polícia japonesa para desmantelar sites de pirataria no Japão e até mesmo no Brasil, ampliando a ação para o contexto internacional.
A prática de pirataria, especialmente a transcrição de roteiros de séries populares, é uma ameaça não só para as empresas, mas também para o público que acaba consumindo conteúdo de baixa qualidade. Empresas como a KADOKAWA reforçam que, ao adquirir produções oficiais, os consumidores ajudam a manter o mercado de animes saudável, possibilitando mais investimentos em novas produções e fortalecendo a cultura japonesa globalmente.
A prisão desses três indivíduos no Japão pode ser vista como um marco nas ações contra a pirataria e um alerta para que o público valorize e apoie as iniciativas oficiais. Ações como essa ajudam a proteger o futuro da indústria e a garantir que novas séries possam ser produzidas e distribuídas com qualidade.
Via KADOKAWA
